violou o sacro sono
de um imperador, operário qualquer.
mas não era qualquer.
era uma
pequena
sepultura
com um patético coração
incrustrado de maneira infantil -
inútil.
era uma miúda carcaça
quase indistinguível da podridão
de um bebê.
uma criatura, a criança humana
que nunca conheceu a vida.
um sonho interrompido
um feto interrompido
um assassinato ante a vida
e este bebê morto
roubado cruelmente de seu descanso
encontra-se no roído berço decorado
pateticamente
no quarto sujo de um junkie
junto à sua mãe, que nunca foi sua mãe.
uma mulher tão morta
quanto seu filho abortado.
"Não roubarás."
"Undead, undead, undead..."
- Bauhaus
Nenhum comentário:
Postar um comentário