domingo, 21 de fevereiro de 2010

Fim

ADDENDUM 22/03/2011

eis aqui o campo desolado que uma alma trilhou. qando lhe caíram os véus e contemplou as entranhas podres à sua volta e no seu interior, não suportou o choque. sua mente desabou, regurgitou suas ilusões natimortas e as substituiu por uma mais terrível ilusão. eis o que aconteceu ao se reconhecer na podridão da decadência humana, como poderia esta alma sentir o peso de toda a negatividade de uma raça e permanecer são? seus particulares infernos eram visões da tenebrosa realidade humana, em sua pior época, numa torre babélica de atos vis que se empilharam e atropelaram pelas eras, manifestações de idéias ancestrais demais para poderem viver em sua forma original. se tal fosse possível, a realidade seria uma concepção enlouquecedora demais para qualquer forma de vida consciente. ele permitiu canalizar como um obelisco negro toda aquela repugnância e isso não pôde deixar de infectar seu espírito encarnado em tão jovem vaso. foi uma regressão a tudo o que havia experienciado desde a gênese de sua alma nos aspectos perturbadores que lhe escarificaram. absorveu o ódio auto destrutivo contra tudo aquilo que sob seus olhos estava coberto de tripas inertes e vermes de uma realidade estéril. a onipresença da queda e da morte, o desejo irracional pela destruição, tudo isso era a vontade de libertação. por mais que tivesse acreditado inocentemente ter matado seus resquícios de esperança, o impulso primal de todo ser é sobreviver. toda essa queda instigou aquele intelecto a perscrutar paisagens mais estranhas, idéias mais mirabolantes, delírios ocultados e nomes sussurrados. foi quando a avalanche dos corpos atingiu o ponto de quebra com aquela realidade. a serpente que se desenrola do centro da mente fez seu bote certeiro para fora daquela prisão mental que era tal visão de mundo. a vista rápida de algo que ultrapassa a noção de realidade numa multiplicidade infinita de existências o fez perceber que assim como tudo aquilo que contemplou na escuridão de seus abismos eram imagens refletidas num espelho quebrado no tempo. as sombras não tinham mais poder sobre sua alma, asas de ouro destruíram as correntes e a mais velha das ilusões vampirescas foi estilhaçada. há algo muuito manior, que muitas vezes escapa à compreensão humana. enquanto se encontra em seu manto de mistério pode assumir formas fantasmagóricas, mas é papel da mente exploradora não temer os espectros da morte, nem tampouco deixar que eles o parasitem. todo este caminho trilhado foi uma passagem, simplesmente. horizontes extraorbitais aguardam.


Um comentário:

  1. Schomito eu não entendi esse texto oq vc quer dizer com ele ein

    PJ

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