domingo, 16 de agosto de 2009

--- torpor

"I have seen the best minds of my generation destroyed by madness(...)"
- Allen Ginsberg

Letargia voraz. Consome o espírito. E todos os feitos: passados, presentes, futuros. Tudo parece gritar o retrato de uma decadência profética. A lenta e voraz destruição de todas as vontades. Apatia atemporal que assola tudo. Somos brilhantes e suicidas. Sente a batida? Os calmos sons da sanidade plena deslizam. A noite escorre pelo peito branco acompanhado de uma amarga dose de auto-consciência mordaz. O futuro é só um estágio mais profundo de uma decadência onipresente. E o jazz lhe afaga os ouvidos, entorpecentes anestesiam o espírito. É assim que existimos. Simplesmente existimos.

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Sub poema


7 maços de cigarro
amassados, vazios e consumidos
8 latas de cerveja
amassadas, vazias e consumidas
Elas fazem companhia
Ao lixo fresco no chão do meu quarto:
9 fragmentos de minha sanidade imatura
amassados, vazios e consumidos



Um comentário:

  1. Esse texto é de um simbolismo mais frenético que o que vi nas páginas das flores do mal...

    (aceite aquele convite)

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