- Allen Ginsberg
Letargia voraz. Consome o espírito. E todos os feitos: passados, presentes, futuros. Tudo parece gritar o retrato de uma decadência profética. A lenta e voraz destruição de todas as vontades. Apatia atemporal que assola tudo. Somos brilhantes e suicidas. Sente a batida? Os calmos sons da sanidade plena deslizam. A noite escorre pelo peito branco acompanhado de uma amarga dose de auto-consciência mordaz. O futuro é só um estágio mais profundo de uma decadência onipresente. E o jazz lhe afaga os ouvidos, entorpecentes anestesiam o espírito. É assim que existimos. Simplesmente existimos.
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Sub poema
7 maços de cigarro
amassados, vazios e consumidos
8 latas de cerveja
amassadas, vazias e consumidas
Elas fazem companhia
Ao lixo fresco no chão do meu quarto:
9 fragmentos de minha sanidade imatura
amassados, vazios e consumidos
amassados, vazios e consumidos
8 latas de cerveja
amassadas, vazias e consumidas
Elas fazem companhia
Ao lixo fresco no chão do meu quarto:
9 fragmentos de minha sanidade imatura
amassados, vazios e consumidos
Esse texto é de um simbolismo mais frenético que o que vi nas páginas das flores do mal...
ResponderExcluir(aceite aquele convite)